terça-feira, 30 de novembro de 2010

Re-equilibrar!

Esse inesgotável desejo de re-equilibrar.Sinto como se partes houvessem se separado e que agora é tempo de reconstruir. 

Engraçado como nesses últimos dias após começar aqui a escrita, as conversas interiores diminuiram. Não sei se é o cansaço ou se algo que começa a mudar, mas elas ficaram bastante distantes nesta semana.

Mas o anseio por mudanças aumenta a cada dia. Alguns caminhos me parecem tortuosos e claro geram um tanto de medo. Será de fato este um caminho inevitável? Daqueles em que não importa o quanto demore, de fato vou ter que acabar enfrentando?
O corpo grita pedindo passagem!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Uma pequena ajuda de Osho

"...Sofremos por que não estamos conscientes do que fazemos, do que pensamos, do qeu sentimos - por isso, estamos nos contradizendo o tempo todo. As atitudes vão numa direção, os pensamentos em outra, os sentimentos sabe-se lá para onde. Continuamos a nos estilhaçar, a ficar cada vez mais fragmentados. Isso é que é sofrimento - perdemos a integração, a unidade. Ficamos totalmente sem centro, somos mera periferia..." Osho

Nenhum outro dizer poderia melhor trduzir como me sinto nos dias de hoje. Onde está o centro?
Sinto apenas pedaços.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

E a presença se faz

Naqueles momentos em que o desespero parece ser maior, essa "tal força superior" se faz presente. Apesar da tamanha angústia do dia de hoje, novamente em pequenos momentos me encontro em comunhão - apesar de ainda ter o coração esmagado.

Novamente, aquela voz me diz que não estou só e em seguida recebo tão gratas surpresas.

A vontade é de dançar! Aquela dança que agita cada milimetro de meu corpo e me transporta para um outro mundo e do qual sempre saio purificada. Nesse momento sinto falta daquele suor que escorria pela face ao final de um momento de improvisação, improvisação sem pretensões, sem pensamentos, sem exigências.

Vejo hoje que a dança era o meu encontro comigo mesma e hoje percebo o qual difícil novamente está de me encontrar. Será que de fato, ainda há alguém aqui?

Gostaria de colocar no google maps o destino "até mim mesma" e que fosse possível que ele me ensinasse uma nova rota. Mas acho que isso não será possível. Ás vezes a vontade chega a ser um desejo de por um fim a tudo isso, mas ao mesmo tempo sei que não teria essa capacidade e nem iria tão longe assim.

Acho que cometi um grande erro de reler coisas que escrevi aqui e a vontade é de deletar tudo, por que fico me sentindo ainda mais idiota. Afinal o que um relato anônimo de desespero interior interessaria para outro alguém que não a mim mesma? E por no fim, achar que o primeiro texto daqui foi o único que realmente escrevi com minha alma, sem pretensões, sem desejar agradar, foi um momento de purificação. Sem julgamentos.

Sou uma covarde! Alguém grita aqui dentro: Sou uma covarde!

Um aperto

Sinto o coração ser esmagado e ao mesmo tempo um enorme vazio que se formou. 

Será essa a ausência de Deus ou ele se mostrando ainda mais presente? Ás vezes, me sinto abanonada por ela, mas quando mais me perco em minhas próprias dores é quando vejo que ele está aqui e sempre ao pedir por socorro a resposta que recebeo é: "eu estou aqui, você não ficará só", mas ao mesmo tempo não é assim que me sinto. Me sinto lutando contra a correnteza, sem exatamente conseguir identificar contra quem eu luto e o pior é que sempre estou só. 

Serei realmente tão solitária assim ou essa é mais um peça que minha mente prega?

Não quero ser vítima, mas também não quero ser esse monstro que me pinta. Só queria entender o por que as coisas começaram a caminhar para esse lado e saber como mudar. 

Ou será que apesar do amor profundo, é preciso aceitar que tudo chega ao fim?

Hoje me sinto apenas como uma grande bola de medo...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Algo que parece nunca ter fim

Isso parece que nunca vai ter fim e nos últimos tempos tem sido ainda mais frequente. Um dia juntos nunca mais terminou bem!

O que é isso que cada vez nos separa mais?

Me sinto cada vez mais um grande mostro egoísta que só o levo para baixo. Mas ao mesmo tempo quando paro para olhar o que vejo são inúmeras tentativas de puxá-lo para cima, a vontade de fazê-lo progredir. Será que estou tão equivocada assim?

Me sinto confusa. Com medo.

Sinto o coração em fragalhos e uma imensa vontade de simplesmente desaparecer. O coração apertado, os olhos ficam pesado e dificil fica fugir da vontade de chorar. Mas nem isso me é mais permitido, por que é sempre encarado como uma chantagem, como uma tentativa de fuga. Quando na verdade é apenas o meu modo de mostrar o quanto tudo isso doi, o que posso fazer se em momentos assim não consigo transformar em palavras aquilo que sinto?

Ensaio discursos, preparo frases, mas na hora há apenas aquele grande nó na garganta.

Estou com medo!

Me sinto sendo esmagada, sufocada.

Os olhos de decepção que vejo diante de mim, é o que mais me parte ao meio e é o momento em que as lágrimas não podem ser contidas. O pior de tudo isso é não saber exatamente no que decepciono. Sempre que questiono a única coisa que escuto é que devo pensar... repasso as cenas milhares de vezes na minha cabaça, tentando entender o por que tudo começou...

Sou realmente um monstro? será que só eu não enxergo?

Comecei um dia tão bem e ao chegar da noite vejo ele se despedaçar. É como se eu não tivesse esse direito de ficar bem.

O que acontece com nós? Ultimamente tudo ia tão bem e agora o mundo parece ter virado de ponta cabeça.....Não quero mais me sentir assim.

Onde está esse erro que afasta nossas almas?

Quero tanto cuidar, proteger, velar e a única coisa que vejo é se afastar cada vez mais.
Onde está o meu erro? Era a única coisa que queria ouvir, ao invés de ver olhos se revirarem, olhos fugirem de mim, o corpo se afastar.

Tenho medo, o estomâgo embrulha. Quero correr, gritar, mas a única coisa possível é deixar que as lágrimas escorram.

Toda ação nesse momento é considerada um erro. Escolha o caminho que escolher estarei errada.

Eu só queria saber por onde seguir.

E agora acontece aqui

Ontem me surgiu, de repente, no meio da noite a vontade de escrever essas conversas que surgem em minha cabeça. Esse desejo vem como um desejo de desabafo daquelas coisas que não comentamos com mais ninguém, também vem como uma prece, uma conversa com aquele que habita meu interior e segundo tantos o meu próprio Deus. 

A idéia primeiro vem de esconder todo este turbilhão,proteger por senhas e lugares secretos, mas hoje ao chegar no trabalho a vontade é de desvelar um pouco tudo isso. 


Acho que isso não atingirá a ninguém e dificilmente alguém passará por aqui, mas só essa idéia de que talvez alguém possa compartilhar idéias e sentimentos comigo também me abrem uma nova porta, mais um caminho de alívio.

Depois da primeira noite

Estranhamente surge um pequeno alívio, como se muito do que  afundava tivesse saído de dentro de mim.
Aquela vozinha que insiste em dizer: Eu estou aqui! Você não está sozinha.

Talvez tudo não passe de apenas impressão, de uma empolgação depois de ler "Comer, rezar e amar", mas isso não deixa de ser reconfortante e de trazer uma noite mais tranquila e um amanhecer mais empolgado.

Questões ainda permanecem, mas não sei, depois de algum modo passar a colocar para for o que carrego aqui dentro parece ter algum sentido.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A primeira delas a sair....

E de repente se fez o silêncio.  Mas este apenas surgia no mundo exterior, por que aqui dentro, onde ninguém mais tem acesso há um grande turbilhão. Um turbilhão de idéias, de sensações, de querer.
Fico pensando em qual foi o momento em que comecei a me afastar, afastar de mim mesma, afastar daquilo que conhecemos como Deus. Dessa força superior que deveria nos guiar e proteger. Onde meu contato se perdeu?
Neste ano passei por experiências pelas quais eu jamais imaginei que passaria, coloquei-me em frente  a novas situações, tudo nessa busca por essa força superior que dizem estar por ai olhando por nós.
Ao mesmo tempo tanto tenho lido, mensagens que me dizem que o caminho para essa força superior está mais próximo do que imagino, as leituras me mandam olhar para dentro, que este Deus pelo qual procuro está em mim. Que eu e Deus somos um. Tão diferente do que cresci acreditando e da idéia que me afastei anos atrás.
A idéia de que Deus seria um grande senhor, de longas barbas brancas, sentado em seu grande trono. Idéia que com os anos se perdendo foi. Uma revelação dolorosa, acordar um dia e ver que esta idéia do grande senhor protetor se foi. Ao mesmo tempo, sem manual de instruções uma nova força superior passou a se mostrar em tantos outros pequenos detalhes. Um Deus que se faz presente a cada onda do mar que sinto tomar meu corpo, no calor do céu que toma a pele, nas lindas paisagens, no sorriso mais singelo, na gargalhada que me aquece, no abraço e na forte troca de energia entre duas pessoas.

É engraçado como a mente o tempo todo tenta nos desviar, afastar.

Fico pensando nos momentos em que mais perto me senti de Deus e hoje a única resposta que me vem a cabeça e: enquanto dançava! Momentos em que nada mais existia, apenas o movimento. A perfeita união entre corpo e mente, por mais que não estivesse dentro dos padrões exigidos pelo mercado de trabalho. Aquele era o meu momento, era minha prece, meu encontro com uma esfera superior.  E de alguma maneira esse elo também se quebrou.  A dança se distanciou de meu corpo, e o pior é que me acostumei com isso.

Será algum grave engano dizer que a dança era minha prece? Será algum pecado dizer que meu encontro com Deus se dava através de meu corpo? Mas aquele era de fato meu momento de comunhão.

E agora de modo inesperado, ou nem tão inesperado assim, me rendi as pressões externas e permiti que a dança se fosse. Não me sinto frustrada ou decepcionada com as decisões profissionais que tomei, mas o fato é que nunca encontrei um momento de comunhão tão verdadeiro quanto aquele em que todo meu corpo estava em movimento. A comunhão que acontecia não enquanto as luzes estavam acessas e o os olhares atentos, mas naquele momento em que era apenas eu e o movimento, sem pressões, sem outras intenções que não fosse simplesmente sentir, simplesmente mover.

Dessa energia sim, sinto falta.

Onde de novo encontrar esse perfeita união entre corpo e alma? Seria a dança o meu verdadeiro encontro com o meu Deus, mas o Deus dessa versão moderna, que reside simplesmente em mim, aqui dentro?
Mas e quando não consigo mais me encontrar na dança, onde encontrar o meu Deus? O que fazer quando mais esse elo se quebrou?

Há um bom tempo não me sinto inteira.

Difícil me afastar do julgamento e controlar a vontade de deletar tudo isso. Para que escrever? Ao mesmo tempo, sinto um certo alivio a cada palavra que sai de meus dedos. É como se alguém pudesse me dizer que tudo vai ficar bem, que está aqui por mim, para me ouvir e zelar. Que não estou sozinha nesta luta.

O que mais dói nesse momento é o fato de não saber mais rezar! Onde está essa capacidade de simplesmente fazer uma prece? Por que não sou mais capaz de conversar com meu Deus?